INCÊNDIOS FLORESTAIS
Coordenadores:
Comissão Científica:
Os incêndios florestais são um fenómeno que todos os anos é sobejamente publicitado e que tem importantes implicações ambientais, sociais e económicas. Fatores naturais como a maior frequência de situações meteorológicas de tempo seco e quente durante o verão favorecem a ocorrência e rápida propagação do fogo. Os fatores socioeconómicos, como a falta de gestão florestal, plantações mono-específicas de Pinheiros e Eucalipto, o abandono e desvalorização das áreas rurais, a excessiva proteção da floresta, proibindo em muitos casos a gestão do bosque através do uso de queimas controladas, o maior investimento em medidas de proteção em detrimento das medidas de prevenção, negligência e graves problemas sociais que levam a conflitos e frequentemente a ações de fogo posto são chaves para entendermos o comportamento do fogo. Os efeitos nefastos dos incêndios estivais condicionam a visão social do fogo como um fator negativo, e sua importância na gestão florestal e ecossistemas mediterrâneos. A importância do fogo e do seu uso milenar pelas sociedades rurais e hoje quase ignorado pelas sociedades urbanas , que são facilmente manipuladas pelas imagens divulgadas na comunicação social.
O objetivo desta sessão científica é difundir e discutir o conhecimento a partir de uma perspetiva geográfica (espacial e temporal) do risco e vulnerabilidade do território à ocorrência de incêndios florestais, a história dos incêndios florestais no espaço ibérico, as políticas e sua gestão, a relação entre clima e os incêndios, os tipos de tempo e a propagação dos incêndios, a existência e aplicação de medidas de prevenção, através de gestão florestal (queimas controladas) ou educação, entender o impacto dos incêndios nos ecossistemas (solo, vegetação, qualidade da agua, poluição do ar etc..), a necessidade ou não de mitigar os efeitos dos incêndios nas áreas ardidas, assim como as causas e consequências socioeconómicas (destruição de bens, riscos para o ser humano e as suas implicações para as comunidades rurais). Trabalhos teóricos e experimentais serão privilegiados com a finalidade de promover o avanço do conhecimento do fogo e sua gestão nas distintas regiões da Península Ibérica.
Coordenadores:
- Paulo Pereira (Environmental Management Centre, Mykolas Romeris University)
- Artemi Cerdà (Soil Erosion and Degradation Research Group, Departament de Geografia, Universitat de València)
- António Vieira (DGEO- UMinho)
- António Bento (DGEO-UMinho)
Comissão Científica:
- Xavier Úbeda (Universitat de Barcelona)
- Juan F. Martínez-Murillo (Universidad de Malaga)
- Merche B. Bodí (Universidad de Valencia)
- Agata Novara (Universidad de Palermo)
- Hermínio Botelho (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro)
- Luciano Lourenço (Universidade de Coimbra)
- Francisco Moreira (Universidade de Lisboa)
Os incêndios florestais são um fenómeno que todos os anos é sobejamente publicitado e que tem importantes implicações ambientais, sociais e económicas. Fatores naturais como a maior frequência de situações meteorológicas de tempo seco e quente durante o verão favorecem a ocorrência e rápida propagação do fogo. Os fatores socioeconómicos, como a falta de gestão florestal, plantações mono-específicas de Pinheiros e Eucalipto, o abandono e desvalorização das áreas rurais, a excessiva proteção da floresta, proibindo em muitos casos a gestão do bosque através do uso de queimas controladas, o maior investimento em medidas de proteção em detrimento das medidas de prevenção, negligência e graves problemas sociais que levam a conflitos e frequentemente a ações de fogo posto são chaves para entendermos o comportamento do fogo. Os efeitos nefastos dos incêndios estivais condicionam a visão social do fogo como um fator negativo, e sua importância na gestão florestal e ecossistemas mediterrâneos. A importância do fogo e do seu uso milenar pelas sociedades rurais e hoje quase ignorado pelas sociedades urbanas , que são facilmente manipuladas pelas imagens divulgadas na comunicação social.
O objetivo desta sessão científica é difundir e discutir o conhecimento a partir de uma perspetiva geográfica (espacial e temporal) do risco e vulnerabilidade do território à ocorrência de incêndios florestais, a história dos incêndios florestais no espaço ibérico, as políticas e sua gestão, a relação entre clima e os incêndios, os tipos de tempo e a propagação dos incêndios, a existência e aplicação de medidas de prevenção, através de gestão florestal (queimas controladas) ou educação, entender o impacto dos incêndios nos ecossistemas (solo, vegetação, qualidade da agua, poluição do ar etc..), a necessidade ou não de mitigar os efeitos dos incêndios nas áreas ardidas, assim como as causas e consequências socioeconómicas (destruição de bens, riscos para o ser humano e as suas implicações para as comunidades rurais). Trabalhos teóricos e experimentais serão privilegiados com a finalidade de promover o avanço do conhecimento do fogo e sua gestão nas distintas regiões da Península Ibérica.